Esta desordem funcional atinge desde crianças, que podem melhorar com o tempo, até adultos. Sobretudo, o tratamento consiste no uso de placas em determinados períodos do dia que amortecem e inibem o ranger de dentes. Mas, afinal, qual placa deve ser indicada para o seu paciente? Confira nossas dicas sobre equipamentos utilizados, as diferenças entre as placas de tratamento e saiba como orientar quem mais precisa de você.
As consequências para aqueles que sofrem de bruxismo podem ser severas e, nos casos mais graves, causar perda dentária. Em outros casos, o paciente pode se queixar de fortes dores de cabeça e na região do maxilar. Deve ser recomendado o tratamento assim que notado o grau de bruxismo para que o caso não se agrave. Entretanto, trata-se de uma desordem funcional que não tem cura, seu tratamento auxilia no controle dos fatores que desencadeiam os sintomas. Dessa forma, indicar ao paciente outros profissionais da área da saúde, como psicólogos, é essencial durante todo o acompanhamento já que a sua causa pode estar atrelada a fatores como estresse e ansiedade.

O uso das placas para bruxismo – ou placas miorrelaxantes –, que podem ser de acrílico ou silicone, é o principal meio de proteger os dentes do desgaste e relaxar a musculatura da região da mandíbula, o que alivia as dores e tensões. Contudo, seus diferentes materiais possuem preços e resultados distintos, sendo necessário elucidar o paciente diante dos bônus e ônus de cada um.
De início, o profissional terá que contar com equipamentos que permitam a moldagem da arcada dentária para confeccionar uma placa rígida (acrílico) ou macia (silicone). As tradicionais massas que produzem o molde podem causar incômodo e, em alguns casos, gerar náuseas. Além disso, não são totalmente fiéis a estrutura bucal do paciente, sendo necessário ajustes feitos pelo dentista ou cirurgião-dentista. Com a tecnologia, diversos equipamentos que permitem escanear a arcada dentária estão substituindo os antigos moldes e proporcionando maior conforto e rapidez nos diversos tratamentos.

De certa forma, os mais variados casos clínicos de bruxismo podem surgir em um consultório. Para que não haja erros, é essencial que o profissional colha as informações necessárias para saber qual o melhor material que deve ser indicado. As placas de acrílico, mais resistentes e rígidas, causam maior desconforto em comparação com as de silicone e seu preço tende a ser o dobro das placas macias. As placas de silicone, por serem economicamente mais acessíveis, são as mais procuradas pelos pacientes. Entretanto, deve ser alertado sobre a sua durabilidade ser muito menor e, por ser um material mais poroso, o silicone permite a proliferação de vírus e bactérias mais facilmente, sendo necessário redobrar os cuidados com a higiene bucal.

Em suma, as placas confeccionadas em acrílico são mais efetivas, com maior durabilidade e a melhor opção para o tratamento de bruxismo, principalmente nos graus mais elevados onde ocorre o maior desgaste deste equipamento. Já as de silicone, são menos indicadas e utilizadas para casos mais simples que não comprometem rapidamente sua vida-util. Deve-se sempre aconselhar o paciente a fazer a troca da placa a cada 6 meses e, nos casos de grande incômodo, consultar o profissional para fazer os desgastes necessários.
© Fotos by Freepik e Pixabay