MINI IMPLANTES DENTÁRIOS

O modelo deste dispositivo foi criado na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da USP em 2017. A inovação do sistema de implante deixa no passado todo o procedimento invasivo e altos custos.

A área da saúde tem sofrido mudanças e grandes inovações nos últimos tempos. Desta vez, os procedimentos de implantes deram um passo a frente com os mini implantes dentários criados na USP pela Professora Doutora Andréa Candido dos Reis e sua equipe de pesquisadores.

Os mini implantes de titânio substituíram os antigos e maiores que exigiam procedimentos muito mais custosos e invasivos. Os novos possuem 2 milímetros de diâmetro contra os 3 a 5 mm de diâmetro do seu antecessor, além de serem autoperfurantes, fazendo com que o seu uso seja prático durante todo o procedimento e exija menos instrumentos para a fixação.


Criado na Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, sistema possibilita que mais pacientes sejam aptos a receber implantes a preços menores.
Foto: Divulgação/Forp.

COMO O MODELO FOI ELABORADO

Toda a construção deste sistema foi desenvolvida com o objetivo de tornar o procedimento mais confortável e rápido ao paciente, dispensando a necessidade de enxerto ósseo e facilitando o trabalho dos profissionais de odontologia. Os mini-implantes também evitam possíveis complicações causadas por traumas cirúrgicos e diminuem o tempo de recuperação por conta do pouco dano causado aos tecidos gengivais.

A anatomia deste dispositivo possui formato chanfrado, autoperfurante e modelos com broca helicoidal, tudo para auxiliar na perfuração do tecido. Para a sua elaboração, além do conhecimento odontológico, a pesquisadora contou com uma equipe de físicos e engenheiros de materiais, que auxiliaram durante todo o processo e realizaram testes que garantiram seu funcionamento. 

Além disso, o objetivo do projeto foi criar um dispositivo acessível financeiramente e que promovesse saúde como um todo. A diminuição no custo do procedimento e seus impactos ecológicos, acontecem por conta da fabricação rápida que exige menos materiais e, consequentemente, menos descarte de resíduos do que o sistema convencional – tornando o sistema mais acessível.

Porém, até o momento que este texto foi redigido não havia notícia de comercialização do sistema no mercado odontológico. A agência de inovação da USP, depois de patentear e publicar a inovação, comunicou que continuava com testes e o próximo passo será a busca por parcerias de empresas responsáveis pela fabricação dos minis implantes.